O parlamentar foi afastado cautelarmente do mandato por 30 dias, por decisão da 2ª Vara de Garantias de Porto Velho - Foto: Marcelo Gladson / O OBSERVADOR

Porto Velho, RO - Na manhã desta sexta-feira (10/10/2025), o gabinete do vereador Thiago Tezzari (PSDB), na Câmara Municipal de Porto Velho, foi alvo de uma operação da Polícia Civil de Rondônia e do Ministério Público Estadual (MP-RO). A ação, batizada de “Operação Face Oculta”, é conduzida pela 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco 2) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O parlamentar foi afastado cautelarmente do mandato por 30 dias, por decisão da 2ª Vara de Garantias de Porto Velho. Além dele, cinco assessores parlamentares também foram afastados e estão proibidos de acessar a Câmara Municipal ou manter contato entre si.

Câmara de Porto Velho está fechada

No momento, a Câmara Municipal permanece fechada, e nem mesmo assessores estão sendo autorizados a entrar no prédio, enquanto equipes da Polícia Civil, Draco e Gaeco realizam buscas e apreensões. O clima é de apreensão entre servidores e parlamentares.

Operação investiga “rachadinha” e “funcionários fantasmas”

Segundo informações da Polícia Civil, a operação cumpre 26 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de afastamento de função pública. As investigações apuram a suposta prática dos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

Os alvos são Thiago Tezzari, cinco assessores e outras pessoas ligadas ao gabinete do vereador. O esquema investigado envolveria a prática popularmente conhecida como “rachadinha”, quando servidores comissionados devolvem parte do salário ao político, e também “funcionários fantasmas”, que recebem sem exercer funções reais.

As buscas estão sendo realizadas no gabinete do vereador, nas residências e empresas dos investigados, além de uma associação cultural que seria ligada ao grupo. Participam da ação equipes do Departamento de Combate ao Crime Organizado (Decco), Dracos 1 e 2, Delegacia de Combate à Corrupção (Decor), Denarc, Caex, e Gaeco.

Nome da operação e significado

O nome “Face Oculta” faz referência à “parte oculta” da remuneração dos assessores, que, segundo as investigações, era desviada e apropriada pelo parlamentar, ocultando a real destinação dos valores.

A Gerência de Comunicação Integrada (GCI) da Polícia Civil informou que o objetivo da medida é garantir a lisura das investigações, impedindo que os envolvidos interfiram na coleta de provas ou na análise de documentos apreendidos.

📍 Resumo:
-Operação: Face Oculta
-Alvos: Vereador Thiago Tezzari (PSDB) e cinco assessores
-Crimes investigados: associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro
-Mandados: 26 de busca e apreensão e 6 de afastamento cautelar
-Duração do afastamento: 30 dias
-Situação atual: Câmara de Porto Velho está fechada; operação em andamento

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