Parlamentar alerta para possíveis impactos econômicos e sociais da cobrança de pedágio a embarcações

Porto Velho, RO - O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) manifestou forte preocupação com o processo de privatização da hidrovia do Rio Madeira, que prevê a cobrança de pedágio para embarcações. Segundo ele, o projeto carece de informações claras à população, especialmente aos ribeirinhos e comerciantes que dependem do transporte fluvial para abastecimento e escoamento de produtos.

“Estão querendo privatizar o Rio Madeira sem que a população saiba exatamente o que está acontecendo. Cadê a Antac? O Denit? O Ministério dos Transportes? Estamos oficiando todos esses órgãos para buscar informações, porque não podemos aceitar nada feito às escuras”, declarou Máximo.

O parlamentar questiona a ausência de definição sobre os valores das tarifas, quais embarcações serão taxadas, a localização dos pedágios e de que forma isso afetará a economia da região. Ele também criticou a falta de audiências públicas para debater o tema.

“Vai aumentar o preço dos combustíveis, dos materiais de construção e de outros produtos essenciais que chegam por meio das balsas. Isso afeta diretamente a vida das pessoas no Baixo Madeira, em Porto Velho e em todo o estado”, alertou.

De acordo com Máximo, o leilão de concessão da hidrovia está previsto para o primeiro trimestre de 2026, mas até o momento não há clareza sobre os termos do projeto. O deputado também levantou preocupação quanto à competitividade regional, uma vez que exportações via Manaus podem encarecer com a cobrança de pedágio.

“Nós precisamos de esclarecimentos e é isso que estou cobrando. Vamos lutar para que a população seja ouvida e que haja audiência pública antes de qualquer decisão. O que está em jogo é o futuro da economia da nossa região e a qualidade de vida do nosso povo. Contem comigo sempre”, reforçou.