Biólogo marinho afirma que o crustáceo é conhecido por ter o golpe mais potente do mundo animal. Turista foi atacado na praia do Guaraú, em Peruíbe (SP), mas não ficou ferido.

Lagosta-boxeadora é flagrada no litoral de SP
Porto Velho, RO - Um camarão-louva-a-deus-palhaço (Odontodactylus sp), também conhecido como lagosta-boxeadora, foi filmado por um turista na praia do Guaraú, em Peruíbe, no litoral de São Paulo. Imagens obtidas pelo g1 mostram o momento em que Rafael Marchezetti Correia encontrou o animal e foi atacado por ele (veja acima).
Ao g1, o biólogo marinho Eric Comin explicou que o animal é conhecido por possuir o golpe mais potente do mundo animal, capaz de atingir uma velocidade superior a 80 km/h, com força que pode quebrar a carapaça de um caranguejo ou até o vidro de um aquário (leia mais abaixo).
Veja o vídeo abaixo:
https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/video/lagosta-boxeadora-e-flagrada-no-litoral-de-sp-13801559.ghtml
Ao g1, ele afirmou que não ficou ferido. Correia contou que mora na capital paulista, mas tem parentes em Peruíbe, onde o vídeo foi gravado por ele em maio deste ano. O conteúdo foi compartilhado depois nas redes sociais e passou a repercutir nas últimas semanas.
"Fiquei na dúvida entre camarão-pistola ou lagosta-boxeadora",falou Correia. Ele disse que, após encontrar o animal, tentou identificá-lo com a ajuda de inteligência artificial (IA) e com uma amiga formada em biologia.
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Lagosta-boxeadora que desfere golpes com aceleração comparável ao de arma calibre 22 foi flagrada em Peruíbe (SP) — Foto: Rafael Marchezetti Correia
O turista contou que essa foi a primeira vez que viu o crustáceo. "É um animal incrível, sensacional. Foi um presente ter a chance de ver pessoalmente".
"Senti a força dela [lagosta]. É um animal com a força bem maior do que parece, como se fosse um animal grande", afirmou ele.
"Gente, olha só, isso aqui eu acho que é um lagostim ou uma lagosta. Vocês sabem o que é? Se eu posso mexer mesmo, colocar lá na água?", disse Correia, que em seguida levou um susto com o golpe do animal.
Ao g1, ele afirmou que não ficou ferido. Correia contou que mora na capital paulista, mas tem parentes em Peruíbe, onde o vídeo foi gravado por ele em maio deste ano. O conteúdo foi compartilhado depois nas redes sociais e passou a repercutir nas últimas semanas.
"Fiquei na dúvida entre camarão-pistola ou lagosta-boxeadora",falou Correia. Ele disse que, após encontrar o animal, tentou identificá-lo com a ajuda de inteligência artificial (IA) e com uma amiga formada em biologia.
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Lagosta-boxeadora que desfere golpes com aceleração comparável ao de arma calibre 22 foi flagrada em Peruíbe (SP) — Foto: Rafael Marchezetti Correia
O turista contou que essa foi a primeira vez que viu o crustáceo. "É um animal incrível, sensacional. Foi um presente ter a chance de ver pessoalmente".
"Senti a força dela [lagosta]. É um animal com a força bem maior do que parece, como se fosse um animal grande", afirmou ele.
O homem contou que optou por devolver o animal ao mar para protegê-lo de eventuais predadores na faixa de areia em Peruíbe.
Camarão-louva-a-deus-palhaço
O biólogo marinho Eric Comin explicou que o animal é o camarão-louva-a-deus-palhaço (Odontodactylus sp), também conhecido como lagosta-boxeadora. A espécie desfere golpes que atingem 80 km por hora - aceleração comparável à de uma arma calibre 22.
"Com uma pressão de 60 quilos por centímetro quadrado, ele é capaz de quebrar a carapaça de um caranguejo e até mesmo, em alguns casos, o vidro de um aquário", afirmou o especialista.
Comin disse que a força do golpe deve-se a uma estrutura de duas camadas: a superior, composta de bioceânica (carbonato de cálcio amorfo), e a inferior, de biopolímero (quitina e proteínas), que armazena e libera energia de maneira "extremamente eficiente".
"São capazes de desferir um dos mais rápidos e violentos golpes do reino animal, um soco que pode apresentar a velocidade de um tiro calibre 22", complementou o biólogo.
Essa força esmagadora da espécie, de acordo com Comin, é responsável pelo título de "lagosta-boxeadora". Os animais podem ser encontrados em quase todo o litoral brasileiro, no entanto, o biólogo explicou que não são fáceis de serem observados por conta dos hábitos furtivos.
"Não é uma coisa comum encontrá-los na praia, isso é bem difícil. Ele [Correia] deu muita sorte de encontrar esse animal na praia. Eles costumam ficar em ambientes mais profundos, principalmente em oceano aberto"
Comin ressaltou que, ao encontrar a espécie, o melhor a se fazer é evitar o contato direto e apenas observá-la. "Apesar de ser fascinante, pode dar golpes poderosos com suas 'garras', que podem causar ferimentos".
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Lagosta-boxeadora que desfere golpes com aceleração comparável ao de arma calibre 22 foi flagrada em Peruíbe (SP) — Foto: Rafael Marchezetti Correia
Fonte: G1
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