Porto Velho, RO - No início da noite do último domingo, 13, a Polícia Militar foi acionada e compareceu em uma residência no bairro Alphaville, em Vilhena, para atender uma ocorrência de estupro. O inusitado é que o assédio sexual constatado no local tinha sido praticado por um homem de contra a própria filha, de 31 anos.

De acordo com a mulher, o pai chegou em sua casa ainda pela manhã para consumir bebidas alcoólicas. Já no período da tarde, ele começou a cheirar uma substância que chamava de “rapé do índio”, inalada enquanto continuava bebendo.

De acordo com a denunciante, o pai teria começado a apresentar um comportamento estranho, aproveitando o momento em que o marido dela estava no banho. Embalado pela bebedeira e o consumo de “rapé”, o acusado começou a dançar e piscar de maneira provocativa para a própria filha.

Em dado momento, o homem tentou tocar nos seios da vítima, e ela reagiu dando um empurrão nele. O maníaco embriagado teria dito, diante da resistência da filha às suas investidas, que ela era uma mulher “muito difícil”. Diante da situação, a mulher pediu ajuda ao marido para retirar o pai de sua casa, pedido ao qual ele inicialmente resistiu.

Após uma discussão, acalorada, a mulher colocou o pai em seu carro e, junto com o marido, foi deixá-lo na casa dele. O homem discutiu novamente ao desembarcar, sem querer sai de dentro do veículo, e ainda debochou, segundo o relato filha.

As agressões verbais entre pai e filha acabaram evoluindo para mútuos ataques físicos, o que resultou em um pequeno sangramento no pescoço do acusado. Quando o marido da vítima foi intervir na briga, foi mordido no braço pelo sogro, no momento em que tentava trancar o portão da casa dele, para mantê-lo longe da esposa.

Quando chegou de volta em sua casa, a mulher acionou a PM, que foi até o endereço do acusado. O portão da residência estava trancado e o morador não atendeu os chamados dos militares.

Na Unisp, onde a ocorrência foi registrada, a mulher manifestou o desejo de representar criminalmente contra o pai e ainda pediu medida protetiva de urgência, para que o denunciado não se aproxime mais dela.