Grupo formado há mais de 10 anos, se autodenomina como Jades, as Jade Idade. As aposentadas se reúnem para se divertir pela cidade de Porto Velho e até em outros estados.
Oito das 10 integrantes do coletivo de amigas, as Jade idade — Foto: Mateus Santos/g1
Porto Velho, RO - Quando a aposentadoria chega, muitos optam por descansar e aproveitar a tranquilidade em casa, mas para um grupo de servidoras públicas federais aposentadas de Rondônia, a escolha foi diferente. As idosas decidiram viver a aposentadoria com viagens, festas e eventos culturais.
O grupo formado há mais de 10 anos, se autodenomina como Jades, as Jade Idade. Elas quebram paradigmas e mostram que a diversão não tem idade. As aposentadas se reúnem para se divertir pela cidade de Porto Velho e até em outros estados.
Ao g1, a coordenadora do grupo e professora aposentada, Eliete de Almeida Azevedo, explicou que antes da criação das jades, as aposentadas já se reuniam. As brincadeiras geralmente eram feitas nas casas das participantes, mas, depois de um tempo as residências se tornaram pequenas.
“A gente levava as nossas fantasias diferenciadas, então surgiu esse grupo. Nós fazemos viagens, passeio, todo mundo aqui se une em torno da alegria, porque não temos mais idade para tanta preocupação” pontua Eliete.
Jade idade reunidas no Bar do Pernambuco — Foto: Mateus Santos/g1
“Nós já demos nossa contribuição e hoje tudo que vier para a gente é lucro”, brinca Eliete.
Vivendo e dando exemplo
Eliete conta que todas as integrantes são avós e até bisavós, e toda a família apoia as aventuras das idosas. Segundo ela, onde as Jades passam, são conhecidas pela alegria que transmitem. Além disso, ela espera que todas sirvam como exemplos de vitalidade para os colegas aposentados.
“Depois da velhice a vida não acabou, apenas começou. A gente pula carnaval, a gente dança quadrilha e tira da cabeça, de que o idoso está relegado a uma cadeira de balanço. Esse não é o nosso caso”, diz a aposentada.
Jade idade usaram da criatividade para participar do bloco da Banda do Vai quem quer em — Foto: Mateus Santos/g1
“Vejo muitos jovens acomodados que não querem sair, não querem se divertir. Eu penso que a gente tem que ter bastante alegria, sorrir, se comunicar com várias pessoas”, aconselha a aposentada.
Eliete diz que sempre quando vão sair, elas combinam de usar abadá e, às vezes, fantasias. Segundo ela, muitas vezes os jovens se espelham nas Jades, e serem usadas como exempo é um de seus objetivos.
Família de amigas
Sônia Regina é a única que ainda que não é aposentada; ela trabalha como técnica de enfermagem e passou a fazer parte do grupo a convite da avó, Eliete. Ela conta que não saía muito de casa, mas depois de sua avó insistir, começou a acompanhar e gostou.
Ao g1, a neta disse que admira muito a avó e agora as suas amigas também. Ela destaca que, sempre quando tem uma folga dos plantões, veste o “look” e vai acompanhar as Jades nas matinês.
Jade idades, preparadas para viagem — Foto: Reprodução/acervo pessoal
Francisca Aguiar, também chamada por Aguiar, concordou e disse que todas formam uma grande família que se ajuda sempre e, quando é necessário “puxar a orelha”, elas conversam e se resolvem.
“A nossa relação é de irmã, somos uma grande família que uma respeita a outra”, complementa Aguiar.
Espírito de união e legado
Todo ano, as Jades comemoram o aniversário de todas e fazem a confraternização de final de ano. Além disso, por onde passam, elas são homenageadas e convidadas para fazer apresentações de Carimbó. Segundo Eliete, essa união é essencial e transmite aos idosos a vontade de viver em harmonia.
Jade idade reunidas (Eliete ao centro da foto) — Foto: Mateus Santos/g1
“Porque o idoso é um jovem que deu certo. Então, eu vejo que cada uma de nós que tem sua família, os filhos têm respeito, os netos também têm esse respeito”, finaliza Eliete.
Fonte: G1-Rondônia
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