O ministro-chefe da Secom Paulo Pimenta e o prefeito bolsonarista de Farroupilha, Fabiano Feltrin (PL).

Porto Velho, RO - O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo publicou um vídeo esclarecendo a confusão com o prefeito bolsonarista de Farroupilha (RS), Fabiano Feltrin (PL), que vem fazendo ataques ao governo Lula por supostamente não receber dinheiro emergencial em meio à catástrofe pela qual passa o estado.

O prefeito havia publicado um vídeo nas redes sociais nesta quarta (8) dizendo que “os recursos não estão chegando aos municípios” e cobrando ações emergenciais e emendas para a cidade. “O que a gente precisa é de dinheiro do governo federal”, diz o bolsonarista no vídeo.

Pimenta fez uma ligação ao prefeito após a publicação e um pedido do presidente Lula, mas foi hostilizado pelo bolsonarista, que, aos gritos, voltou a cobrar o envio de recursos pelo governo. “Precisamos de dinheiro, ministro”, afirmou Feltrin.

No vídeo publicado pelo ministro nesta quinta (9), ele explica que a Prefeitura de Farroupilha não fez nenhuma solicitação formal de recursos e decidiu ligar para o chefe do Executivo municipal mesmo assim.

“Naquele momento em que ele fez o vídeo, nenhum pedido ou solicitação por parte do município de Farroupilha havia sido protocolado para o governo federal. Mesmo assim, fiz questão de ligar para ele, de forma gentil, para saber se tinha alguma questão pendente, como estou fazendo com todos os prefeitos”, afirma Pimenta.

O chefe da Secom diz que foi atendido de forma “inadequada” pelo bolsonarista e apontou que o vídeo da ligação foi gravado com o objetivo de “lacrar”.

“Ele, de forma absolutamente inadequada, não só me gravou, como fez um vídeo para tentar lacrar na internet em época de crise, no meio de toda essa dramaticidade. Eu liguei para ver como que a gente poderia ajudar Farroupilha e encontrei uma pessoa me ofendendo, falando de uma forma descontrolada e tentando criar um factoide em cima de uma mentira”, prosseguiu.

Pimenta ainda esclareceu que os R$ 300 mil citados pelo prefeito foram solicitados por ele somente após a publicação do primeiro vídeo e representam apenas uma “ajuda emergencial” para a aquisição de comida, água, material de limpeza e higiene. “Para não faltar nada”, aponta.

O ministro também relatou que mais de 30 prefeituras do estado tiveram projetos aprovados e afirmou que Farroupilha terá que criar e submeter um plano de trabalho para o recebimento de recursos do governo federal.

“Eu lamento profundamente. É hora de a gente agir com honestidade, equilíbrio e ter a responsabilidade da função e do cargo que a gente exerce. A nossa orientação, independente de partido, é trabalhar na união e na reconstrução para ajudar o povo gaúcho”, completou.

Fonte: Diário do Centro do Mundo