Casal confrontou a funcionária do motel sobre a câmera escondida. Estabelecimento disse desconhecer presença de equipamentos

Porto Velho, RO - O casal que encontrou uma câmera escondida em um quarto de motel, em Senador Canedo, na região metropolitana da capital goiana, registrou o momento em que descobriram o dispositivo e confrontaram a funcionária do estabelecimento. O equipamento estava em uma tomada.

O caso foi registrado na última quinta-feira (9/5). O casal chegou a discutir com a trabalhadora do motel. Veja o vídeo:

“Nós vimos as câmeras, nós não precisamos mentir”, alertou a jovem durante a conversa.
Privacidade e segurança

De acordo com a administração do Motel Canada, o estabelecimento vai colaborar com os investigadores do caso. O motel informou que “expressa surpresa e profunda consternação com tal descoberta” e reforçou o “compromisso irrevogável com a proteção da privacidade e segurança de seus hóspedes”.

O casal encontrou a câmera após sair do banho e filmou quando desmontou o interruptor para confirmar a existência do equipamento escondido. No vídeo, o homem mostra a câmera em um dos buracos da tomada.

Ao questionarem a funcionária do motel, a mulher alegou que o equipamento pode ter sido instalado por outro cliente sem o conhecimento da gestão do local.

“Eu estou falando que, se colocaram, foi outro cliente que colocou”, argumentou.

Apesar da afirmação da mulher, o casal acredita que é de responsabilidade do motel checar os quartos para evitar esse tipo de instalação. A solução dada pela funcionária foi a de liberá-los sem que precisassem pagar pelo serviço, porém, com medo, eles denunciaram o caso à polícia.

Investigação

O casal detalhou ter encontrado a câmera escondida dentro da tomada do quarto do motel à Polícia Civil (PC). Segundo a delegada Karla Fernandes, após perícia, a polícia encontrou uma segunda câmera dentro de outra suíte do estabelecimento.

As câmeras foram enviadas para análise no laboratório de informática forense da Polícia Técnico-Científica, que deve apontar qual era o tipo de monitoramento feito pelo dispositivo, se era pelo Wi-Fi ou por login.

Ainda de acordo com a delegada responsável pelo caso, ainda não é possível apontar quem instalou os aparelhos. Alguns funcionários do estabelecimento foram ouvidos e alegaram à polícia que desconheciam a existência das câmeras.

Após a denúncia, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) do crime de filmagens indevidas de intimidades sexuais. No entanto, não foi informado quem foi o alvo desse TCO.

Fonte: Metrópoles