Atendendo ao pedido das comunidades indígenas das aldeias Serrinha, São Luiz, Jatobá, Terra Nova e Trindade, na região de Alta Floresta d’Oeste, o Governo de Rondônia, por meio da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), realizou nesta semana um mutirão de ações nas terras indígenas do Rio Branco. A ação foi realizada em parceria com a Secretaria de Agricultura (Semagri) do município, Fundação Nacional do Índio (Funai) e projeto “Pacto das Águas” e teve por objetivo levar boas práticas de manipulação de alimentos para que os indígenas possam agregar valor e comercializar o excedente de seus produtos na região.

As produções de açaí, farinha, café e castanha-do-brasil são expressivas nestas comunidades, onde os alimentos já eram manipulados e conservados para o consumo próprio no decorrer do ano. As unidade de processamento desses produtos dentro das normas higiênico-sanitárias foram construídas com a ajuda do Pacto das Águas, um projeto de gestão territorial e sustentabilidade para os povos da floresta Amazônica Meridional, que engloba o noroeste de Mato Grosso e Leste de Rondônia.



Emater viabilizou aos povos indígenas o acesso às políticas públicas

Assim, “a partir do excedente, os indígenas querem comercializar seus produtos no mercado local de Alta Floresta d’Oeste e cidades circunvizinhas”, explica o gerente da Emater-RO local, Osmar Alcântara, enfatizando ser esse um marco esse é um marco inédito na região.

As aldeias também se destacam pela produção de café, inclusive com indígenas sendo premiados em concursos de qualidade e sustentabilidade. “Para este ano, junto com a assistência dos técnicos da Emater e Semagri, está sendo trabalhado o café fermentado para participação do Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café de Rondônia, o Concafé”, destacou.

Alexandre Venturoso, gerente regional da Emater do Território da Zona da Mata, diz que este evento irá proporcionar visibilidade das comunidades indígenas. “É um exemplo de trabalho em equipe e valorização dos produtos destes povos que chegarão à mesa do consumidor atendendo as normas sanitárias exigidas pelos órgãos de controle e garantindo a segurança alimentar.”

As ações levadas pela Emater e parceiros à comunidade viabilizou aos povos indígenas daquela região o acesso às varias políticas públicas de desenvolvimento rural, inclusive à documentação, como a emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que permite o acesso a programas de comercialização da produção como o programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).