Uma luz no fim do túnel. É assim que muitas mulheres vítimas de violência doméstica em Porto Velho reagem ao descobrir apoio e esperança no serviço de acolhimento oferecido pela Prefeitura.
Criado em junho de 2008, o Centro de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica se tornou um braço do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), inserido na Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf).
O serviço chegou após a criação da Lei Maria da Penha, que em 2021 completa 15 anos em meio a avanços e desafios. A Lei serve de referência para a implementação da campanha “Agosto Lilás”, que foi instituída para intensificar a divulgação da legislação e conscientizar a sociedade sobre a violência doméstica no Brasil.
“Na campanha deste ano, estamos em parceria com órgãos governamentais e não-governamentais através da Rede Lilás para a divulgação do serviço, além de discutir temas relacionados ao enfrentamento da violência contra à mulher e suas diversas formas”, explica Thaís Tudela, psicóloga que atua no acolhimento das mulheres.
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Thaís Tudela é psicóloga e atua no acolhimento das mulheres
São oferecidos atendimentos de orientação nas áreas social, psicológica e jurídica para mulheres e mulheres trans, independente de orientação sexual. O serviço da Prefeitura busca auxiliar a mulher na ruptura do ciclo de violência doméstica, e, também, na reconstrução de sua cidadania, resgate da autoestima e reestruturação física e emocional.
“Algumas vítimas de violência são dependentes emocional e financeiramente do agressor. Por isso, fazemos encaminhamentos estratégicos para que ela consiga se desligar dele, através de inscrições em programas sociais, acompanhamento psicológico e até estadia em unidades de acolhimento”, afirma a psicóloga.
Durante o período da pandemia da Covid-19, o serviço registrou média de 60 atendimentos por mês. A principal porta de entrada das vítimas ao Creas Mulher são os encaminhamentos por parte de órgãos e departamentos que registram e apuram casos de violência doméstica, como a Delegacia da Mulher, Ministério Público, Defensoria Pública e outros.
O serviço funciona como uma escuta acolhedora, em que psicólogos e assistentes sociais estabelecem contato com a vítima de forma humanizada e multidisciplinar. “Após receber os encaminhamentos, entramos em contato com a mulher para oferecer atendimento presencial ou por telefone. Há casos em que precisamos, também, fazer visitas ‘in loco’ para prestar apoio”, afirma Thaís Tudela.
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Vítimas são encaminhadas ao Creas Mulher por setores que registram e apuram casos
Um dos objetivos da campanha “Agosto Lilás” é promover, ao longo deste mês, discussões acerca da violência doméstica e, principalmente, a divulgação dos meios e canais disponíveis para pôr fim a esse ciclo. “Quando o agressor ameaça ou a agride, a mulher passa a acreditar que não há saída ou fim para esse ciclo de violência. Por isso, o serviço ofertado pela Prefeitura vem justamente mostrar que há, sim, uma alternativa, uma luz no fim do túnel”, finaliza a psicóloga.
Os canais de denúncias são os seguintes:
Creas Mulher: (69) 98473-4725 e 3901-3640 – Rua Venezuela, 2360, bairro Embratel
Central de Atendimento à Mulher: 180, ligações 24 horas/dia.
Delegacia da Mulher e Família: (69) 98418-7820 ou 197 – avenida Amazonas, 8145, bairro Escola de Polícia.
Polícia Militar: 190
Creas – Plantão Social 24h: (69) 98473-5966 – avenida Prefeito Chiquilito Erse, 2707, bairro Embratel
Ministério Público/RO – Promotoria de Justiça de combate à violência doméstica (69) 98408-9931.
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